terça-feira, 20 de janeiro de 2009

“Uma visão sem ação não passa de um sonho.

Ação sem visão é só um passatempo.


Mas uma visão com ação pode mudar o mundo”

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Antão Borges Alves, nasceu em Setembro de 1844 e Faleceu em Agosto de 1918. Foram seus pais Paulo Borges Alves e Antonia Donata da Cunha. Casou-se em Fevereiro de 1864 com Dona Isabel Francisca de Paula Borges (Dona Bela), havendo desse consórcio vários filhos, entre eles o Cel. Antão Borges Junior, coletor fiscal, comerciante e Prefeito de Glória do Goitá 1920-1924. Maria Borges Souto Maior Paes (Dona Pretinha), esposa do Ten. José Mendes Santos Paes. Dona Maria da Glória, esposa do farmacêutico Dr. Bezerra (seu titiu).
Político filiado ao partido liberal, nomeado Tabelião público do Termo e município da Glória do Goitá, em 1878. No dia 8 de Fevereiro de 1879, imprimiu em sua tipografia o jornal “o Goitaense, periódico imparcial”.
Ele também criou o jornal "o vitoriense" no dia 5 de novembro de 1866, o primeiro jornal da Vitória de Santo Antão, que se intitulava "Gazeta Noticiosa do Interior de Pernambuco".

1° página do cartório de notas da Glória do Goitá. 1° tabelião Antão Borges; 2° José Mendes Santos Paes, 3° Djalma Paes, 4° Carlos Alberto(Cacá), 5° Wagner Paes.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


O mamulengo chegou ao Brasil com os colonizadores, embora não exista uma documentação que comprove a tese. A suposição baseia-se na constatação de que na mesma época assistia-se ao apogeu do teatro de bonecos. A brincadeira espalhou-se por todo o Brasil. Na Bahia, é conhecido como Mané-Gostoso. Babau na Paraíba. Cassimiro-côco no Piauí. Em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia, como João-Minhoca. Briguela em São Paulo. No Rio Grande do Norte, outro importante centro de difusão do mamulengos, é chamado de João-redondo. No Nordeste, é interessante registrar que os bonecos chegaram sob a forma de presépios, uma vez que há origens religiosas. Depois o mamulengo profanou-se, para poder ser apresentando em qualquer ocasião.


MAMULENGO EM GLÓRIA DO GOITÁ


A tradição do mamulengo em Glória do Goitá é mantida, sobre tudo, por José Lopes da Silva Filho, mais conhecido como Zé Lopes, de Glória do Goitá, é um dos artesãos mais requisitados. Mestre Zé Lopes é consagrado internacionalmente com os seus bonecos de mamulengo. Há 48 anos, Zé Lopes é um dos principais artistas desse tipo de teatro típico do Nordeste e é dono do mamulengo Teatro do Riso. Nascido em Glória do Goitá, em 1950, ele interessou-se pelos bonecos desde criança, acompanhando os tios, Chico e Zé. Aos dez anos, depois de assistir aos primeiros espetáculos, já fazia pequenas apresentações usando bonecos rústicos de sua própria produção. Aos 15 anos, montou o seu primeiro mamulengo, com mais de 70 bonecos. Após um período afastado das encenações, trabalhando por 12 anos em São Paulo como metalúrgico, marceneiro e serralheiro, voltou para Pernambuco e para os seus bonecos, em 1982. No ano de 1997, com a ajuda da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE) e do Museu do Mamulengo de Olinda, Zé fez excursões à Espanha e a Portugal, para mostrar seu trabalho. Em 1998, realizou uma exposição individual dos seus bonecos no Rio de Janeiro, com a ajuda da mesma FUNARTE. A instituição publicar um bonito Dossiê sobre o mestre e seu brinquedo. Após seus trabalhos terem sido apresentados na Europa e chegarem a constar do módulo de arte popular da Mostra do Descobrimento, realizada em São Paulo, em 2001, naquele ano Zé Lopes ganhou destaque novamente por uma coleção de bonecos eróticos para uma exposição realizada na Bélgica, atendendo convite daquele país.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Todos os domingos acontece no salão paroquial da Igreja Matriz de N.S da Glória, na Glória do Goitá, reuniões dos Alcoólicos Anônimos.

O alcoolismo é uma doença e deve ser visto como tal. O primeiro passo para que o dependente se livre do vício é assumindo que é alcoólatra e precisa de ajuda. Se a pessoa não tomar esta atitude, não há nada que se possa fazer em prol da recuperação. O segundo passo é procurar ajuda. Com este intuito surgiu o AA (Alcoólicos Anônimos) – entidade (ou irmandade - como se auto denominam) sem fins lucrativos que visa auxiliar na recuperação dos dependentes em álcool.

Um Pouco da História do AA

O AA possui 73 anos de existência. Surgiu na cidade de Akron em Ohio – Estados Unidos. Tudo começou quando um empresário bem sucedido e que havia conseguido se livrar do vício sozinho, observou que sua necessidade pela bebida se tornava cada vez menor quando ele ajudava e auxiliava outros dependentes. Este empresário de nome William Griffith Wilson, juntamente com o Doutor Bob Smith, outro bebedor problemático, descobriram que ajudando-se mutuamente, conseguiam se manter sóbrios e sem a necessidade constante de bebida. Trabalharam juntos a partir daí para auxiliarem outros dependentes . O grupo cresceu e estes primeiros integrantes escreveram os 12 Passos do AA. Quando William retornou a Nova Iorque, escreveu o livro Alcoólicos Anônimos que despertou o interesse mundial. A partir daí, o Alcoólicos Anônimos espalharam-se pelo mundo no intuito de ajudar mais e mais dependentes em álcool.


Visite o site oficial: www.alcoolicosanonimos.org.br, nele você encontrará informações detalhadas a respeito do grupo, encontrará os doze passos listados aqui e poderá fazer um teste para saber se o AA é o local ideal para você!

Ame sua vida! Livre-se do álcool!


Os 12 Passos AA

PRIMEIRO PASSO:
Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

SEGUNDO PASSO: Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.

TERCEIRO PASSO: Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.

QUARTO PASSO: Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

QUINTO PASSO: Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.

SEXTO PASSO: Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

SÉTIMO PASSO: Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.

OITAVO PASSO: Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.

NONO PASSO: Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.

DÉCIMO PASSO: Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

DÉCIMO PRIMEIRO PASSO: Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.

DÉCIMO SEGUNDO PASSO: Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

MATÉRIA NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 03 DE MAIO DE 2009, SOBRE O MESTRE CIRIACO



Aventureiros e exploradores costumavam dizer que as relíquias mais importantes de um povo nunca seriam reveladas por completo aos forasteiros. Séculos depois, a ciência e a história provaram que tantas maravilhas naturais e históricas sempre estiveram debaixo do nosso nariz e, se não foram encontradas antes, é porque geralmente costumamos olhar primeiro para muito longe.

Mestre Ciriaco do Coco ensina o "ofício" há décadas na Zona Rural da cidade. Com o dinheiro do prêmio, construiu a Casa do Coco para perpetuar sua arte e comprou roupas novas para as coquistas. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
É no mínimo curioso conferir alguns nomes do Prêmio Humberto de Maracanã - Culturas Populares do Ministério da Cultura. Somente em Glória do Goitá, a 66 km do Recife, entre três premiados há dois representantes culturais que dificilmente teriam suas histórias e artes conhecidas fora de Pernambuco se continuassem a depender somente de datas festivas, carnaval e da "boa vontade" política típica das cidades além do eixo metropolitano.

Aos 81 anos, o Mestre Ciriaco do Coco pode se orgulhar de muita coisa que fez na vida, a começar pelos seus 24 filhos, 34 netos e 20 bisnetos. Nascido João Sebastião do Nascimento em 26 de junho de 1928, Mestre Ciriaco não existe no Google. Parece besteira, mas em tempos de uma sociedade da informação cada vez mais conectada, é um reflexo notório de como ainda há tanto a percorrer pela cultura de um povo. E às vezes estamos todos tão próximos. No site oficial do prêmio, na página do Minc, o leitor encontra apenas o nome de batismo, não o nome pelo qual Ciriaco brinca e ensina rodas de coco há décadas na Zona Rural de Glória do Goitá, repassando conhecimento "até quando eu morrer", como costuma dizer aos visitantes.

A saúde parece de ferro - não somente pela prole - e ajuda a esconder a idade. Ciriaco costuma percorrer à pé os 12 km que separam sua casa no Sítio Urubu até o centro de Glória do Goitá. A garganta não tem mais a força de outrora. Mesmo assim, quando começa a conduzir uma roda de coco, Ciriaco só vai embora quando desligam o som. Porque do contrário ele vira a noite cantando. E as filhas, dançando sem parar e sem cansar. Preocupa Dona Maria, a esposa, casada com o mestre desde 1954. Mas não preocupa Ciriaco. Com a humilde verba de R$ 10 mil repassada pelo Minc, ele resolveu não deixar mistérios para exploradores ou aventureiros e construiu a Casa do Coco para sua arte se perpetuar por meio dos filhos, netos e bisnetos. E quem mais quiser.

Além da recém-construída Casa do Coco, o dinheiro ajudou a comprar um novo equipamento de som (usado, modelo bem antigo) e algumas roupas novas para as coquistas. Em contrapartida, exigência do Ministério, deu aulas durante três dias em oficinas para alunos da rede pública de ensino no Sítio Urubu.

E as oficinas ajudaram a mostrar que Mestre Ciriaco do Coco pode até entrar no Google a partir de agora, mas certas coisas realmente não mudam nunca. Analfabeto e sem ter tido condições de estudar quando criança, Ciriaco entrou na sala de aula e não entendeu quando todas as 17 crianças não tinham sequer um caderno.

A vida difícil no interior e a falta de perspectivas do passado ilustram algumas das letras de suas músicas, mas nãorefletem no humor de Mestre Ciriaco, que já prepara uma grande festa na Casa do Coco para seu próximo aniversário com ajuda do filho Queno de Alagoinha (José João da Silva), o principal herdeiro da arte do pai.

Mestre Ciriaco é considerado o último representante do coco-de-roda na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Herdou a brincadeira ainda criança, quando aos 13 anos começou a seguir as rodas do pai e aos 14 conduziu sua primeira roda de coco. Sobre o pai, ele desconversa um pouco, diz que não lembra tanto. Mas não deixa de cantar uma música por onde confessa a frustração de não ter sido permitido entrar numa escola, aprender a ler, a estudar. Hoje, Ciriaco é mestre e se preocupa em ensinar aos outros. E promete muito mais, agora com seu espaço próprio para os coquistas da região.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

PALÁCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS

O Governo do Estado de Pernambuco abre as portas do Palácio do Campo das Princesas para o grande público – um roteiro orientará o visitante. Tudo começa no saguão, daí se sobe para o pavimento onde está o Salão das Bandeiras. Deste se caminha por uma galeria que leva ao Gabinete do Governador e ao terraço. No terceiro pavimento temos as Salas de visitas, das Embaixatrizes e dos Embaixadores e o Salão dos Banquetes. Segue-se depois para as Salas Íntimas e a outro terraço. Finalmente podem ser olhadas as Suítes do Governador e outras. Termina a visita nos belos jardins do palácio.

A Praça da República está cercada por edifícios que se identificam com o poder Executivo, o Judiciário e a cultura de Pernambuco. Um lugar marcado no tempo pelo seu destino. Entre as edificações, uma se apresenta com toda a simbologia desse poder, o Palácio do Governo. O palácio e as demais construções são testemunhas, cada uma a seu tempo, da longa vida do lugar, desde o seu nascimento enquanto espaço vazio até os dias de hoje, envolvidos pelas águas dos rios Capibaribe e Beberibe.

Contar a história do palácio é uni-la com a da capitania de Pernambuco, cuja prosperidade, em um distante século XVII, fruto do açúcar, provocou a invasão dos holandeses, em 1630. Com a derrota final dos nativos em 1635, logo vem para governar a conquista batava, no ano 1637, o alemão João Maurício de Nassau. No descanso do guerreiro, no dizer de seu biógrafo, constrói dois palácios, o das Torres e um outro pouco comentado, voltado para a Boa Vista.
Para a construção do primeiro, foi escolhido aquele vazio espaço da ilha de Antônio Vaz. O segundo seria construído do lado oeste da ilha. O palácio e o jardim permaneceram na memória de quantos viram a realização daquele governador/ príncipe e ainda hoje fazem parte do imaginário dos pernambucanos.
O Palácio Friburgo, o das Torres, se integrava a um plano mais amplo, onde a Cidade Maurícia era o objetivo maior do governador Nassau. Nesta reconstituição se pode perceber a unidade do conjunto urbano que ainda persiste no Recife. Depois de 1654, ainda perseverou a construção até os anos finais do século XVIII, quando caiu por terra por terra por ordem de um governador português.
No local permaneceu um anexo servindo de Erário e palco dos acontecimentos da Revolução Pernambucana de 1817, o conde da Boa Vista construiu o que foi o primeiro momento desse palácio. O projeto saiu das mãos do coronel Firmino de Morais Âncora e a construção teve por administrador o major João Pedro de Araújo e Aguiar. Logo o palácio começou a ser reformado e gradualmente foi mudando de aspecto, conforme fotografias e outras representações gráficas da época.
Diante do atual palácio se encontra um jardim projetado por E.Beringer e visto em belíssima litografia de Marc Ferrez, de 1878.
Na segunda década do século passado, o palácio foi vestido com trajes de gosto eclético para se mostrar digno de um Novo Recife, a então chamada “Paris dos Trópicos”. Depois da reforma do antigo palácio pouco restou do mobiliário e das alfaias. O que identifica o novo palácio é sua exuberante decoração, pela qual um mobiliário de gosto dos Luíses garantirá a imagem do poder que se inspira visivelmente naqueles, numa França na qual a corte se vestia de pompa e circunstância capazes, então, no Recife, de legitimar os novos governantes da República.

PROJETO DE VISITAÇÃO DO PALÁCIO DO GOVERNO;
Informações e Agendamentos para Visitação:
Fone: 3181-2281 / 3181-2260 / 3181-2156
fone/fax: 3181-2259
E-mail: cerimonial@governadoria.pe.gov.br

Dias da semana e horários para visitação:
quintas/sextas - 9hàs 11h e 14h às 16h
Domingos - 10h às 12h e 14h às 16h

1° Diário Oficial do Império do Brasil






Geografia

O município de Glória do Goitá está localizado na mesorregião da Mata Pernambucana e na Microrregião de Vitória de Santo Antão. A área municipal ocupa 231 km² e representa 0,2352 % do Estado de Pernambuco. Está inserido nas Folhas SUDENE de Limoeiro e Vitória de Santo Antão na escala 1:100.000.

A sede do município tem uma altitude aproximada de 158 metros e coordenadas geográficas de 08 Graus 00 min. 06 seg de latitude sul e 35 Graus 17 min. 34 seg de longitude oeste, distando 66,1 km da capital pela BR-232(P), e PE-050(P).

O município de Glória de Goitá, está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema.

Dados

Acesso: O acesso é feito pela BR-232(P) e PE-050(P)

  • Solo: Argiloso
  • Relevo: Suave ondulado e ondulado
  • Vegetação: Floresta caducifólia
  • Precipitação pluviométrica média anual: 1.054,4 milímetros
  • Meses chuvosos: Abril - Julho
  • Dia de feira: Sábado
  • Emancipação política: 9 de julho
  • CEP: 55620-000

Hidrografia

O município de Glória do Goitá encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe. Seu principal tributário é o Rio Goitá e os riachos: Macambira, Monjolo, Tanque,Braga, Jamaforno, Massaranduba, Grota Funda, Camurim, Salinas, Antinho, Mocó, Tapera, Macacos, Guilherme, Água Peba, Urubas, Canavieira, Ribeirão da Onça e Limãozinho. O principal corpo de acumulação é o açude Goitá (52.000.000m3). Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.


Fontes







Lembrando minha Terra

Autor: Ruy de Carvalho

Conterrâneos eu vou contar
Invocando minha memória
Coisas distantes, passadas
De nossa querida Glória
Que se ditas com arte
Dariam uma bela história.

Comecemos a narrativa
Por nosso Grupo Escolar
Templo Sagrado e querido
Impossível de olvidar
Foi nele que abrindo os olhos
Aprendi o bê a ba.

Inda me lembro direitinho
Da minha primeira professora
Dona Alaíde Pedrosa
De conduta sedutora
Dona Alzira, morena
Era do grupo a diretora.

Outras por lá também passaram
Cada uma com seus pendores
Brandina, Jucy, Irene.
Todas dignas de louvores
Entre elas uma muito magra
Chamada Dona Dolores.

Havia uma bem baixinha
Cuja lembrança dela eu trago
Gostava de falar em público
Inda que o tema fosse vago
E por isto já descobriram
Que era Albertina Lago

Havia as irmãs do Padre
De conduta cristalina
Moravam por trás da Igreja
Cuja mãe era Evangelina
O Padre era Rodolfo
Puro Santo de Batina.

Uma delas era Noêmia
Pernas grossas de uma miss
Não dava bola a ninguém

Por mais que se insistisse
A outra ainda mais trancada
Atendia por Dona Alice.

Lembro do nosso Grupo
No seu prédio colossal
Naquele tempo distante
Não havia prédio igual,
E quem bem dele cuidava
Era o nosso Zé Pascoal.

Ainda sobre nosso Grupo
Mais uma recordação...
As meninas de azul e branco
E nós de cáqui e gurgurão
Ás escondidas se fumava
Nas pilastras do Pavilhão.

No Grupo houve um teatro
(e minha memória é bem acesa)
Havia um trio interessante
De lindo porte e voz coesa
Simbolizava as estações do dia
Que cantava com destreza.

Era noite, a tarde e a manhã
Lia Lopes, Lourdinha e Zelita
Todas três bem elegantes
Compunham uma turma bonita
E quem mais aplaudiu o trio
Foi a prima teresita.

Glória tinha várias figuras
Cada uma mais colossal
Comecemos por Nelson Holanda
De inteligência excepcional
As prosas em sua calçada
Eram verdadeiros festival.

Glória tinha João Guedes
Muito incompreendido
Seria grande jornalista
Se numa faculdade houvesse ido,
De porta em porta dava notícias
Que no rádio tinha ouvido.

Tinha as figuras simplórias
Que a gente não pode esquecer
Sá caidinha, Sazinho, Medalha
De uma pobreza de doer
Todos nós os ajudávamos
Na triste sina de viver.

Os apelidos sem maldade
A ninguém causava atrito
Eram Beta, Bebeca, Nezinho
Tôta, Zuquinha, Zé Chiquito
Rochinha, Catonho, Sazinho
Zefa Ganfão, Pituxa, Pirrito.

Havia os homens respeitáveis
Que todos deles se orgulhavam
Os irmãos Zeca e Ernesto
Na agricultura trabalhavam
Os Cassimiros também
Da lavoura se ocupavam.

Tinha as moças de outra faixa
Que nossos olhos admiravam
Lindalva, com sua beleza
Bebeca e Beta deslumbravam
Os bailes da prefeitura
Quanto prazer eles nos davam!

Havia apenas um Cinema
Com caubói na quarta-feira
Os roletos de Pé de Anjo
Completavam a brincadeira
Mas nada superava
O que fazia Zefinha Boleira.

Zefinha é inesquecível
Por um fato especial:
No bairro da Camponesa
Seus bolos não tinham rival
Andei pelo mundo inteiro
Não comi coisa igual!

Os brinquedos eram inocentes
Não havia Televisão
Aos céus, os Papagaios
No meio da rua, o Pião
E todos se misturavam
Numa bela comunhão.

Os amigos eram os mais diversos
Não se fazia seleção:
Boca de Bagre, Urso Branco,
Eram tratados como “irmãos”
E os banhos do Dique
Que Grande recordação!

Os lazeres eram singelos
Tudo se fazia com alegria
Marré Marré, passar anel,
Pulava-se de academia
Entre risos e folguedos
A infância transcorria...

Tinha João Cravo com sua venda
Luiz Ramos com a padaria
Catonho medicando
Na farmácia Santa Maria
Biu de Seu Né fazia milagres
Ministrando homeopatia.

Tôta da Rocha caprichava
Nos vendendo boa Pitu
A Prefeitura se orgulhava
Do fiscal Pedro Calulu
A gente passava prata falsa
Na venda de João Mandu.

Certa vez um mais crescido
Olhando-me disse; “estás um moço”
Veste uma calça comprida
Tu vais ver o que é um colosso
Na volta senti-me homem,
Conhecera o “Quebra Osso”.

Lembro das noites enluaradas
Quando a brisa soprava mansa
Eu na rua corria feliz
Com meus sonhos de criança
É por isso que minha terra
Não sai da minha lembrança.

Aqui pela vez primeira
Senti um VIBRAR NO CORAÇÃO
Um fogo estranho me irradiava
Em MAGNÍFICA comoção
Muitos amores depois se têm
DO PRIMEIRO NINGUÉM ESQUECE NÃO.

No alvorecer da adolescência
Ainda quase como um menino
Arrumei minha sacola
E na sopa com Orlandino
Parti pelo mundo afora
Buscando meu DESTINO.

Em muitos países viajei
Outras plagas conheci
Andei em terras estranhas
Mas da minha não esqueci
Minha alma sempre presente
No Torrão em que nasci.

Brindemos neste dia
Esta grande fraternidade
Onde os filhos desta Terra
Se abraçam com amizade
Manifestando cada qual
O SENTIMENTO DA SAUDADE...



HINO DO MUNICÍPIO DA GLÓRIA DO GOITÁ

NOVE DE JULHO


LETRA: JOSÉ DE ATAÍDE
MÚSICA: GERALDO COSTA



É CAMINHANDO PELO SOLO BRASILEIRO
QUE ENCONTRAMOS NOSSAS TERRAS NOSSAS MATAS
NO SEIO DESTA PÁTRIA TÃO AMADA
NASCEU GLÓRIA DO GOITÁ ABENÇOADA


ESTRIBILHO:

DAVI PEREIRA DO ROSÁRIO E OS HERÓICOS LAVRADORES.
CONSTRUÍRAM NOSSA TERRA NESTA GRANDE REGIÃO
DAS MATAS VIRGENS DANDO GLÓRIA E LOUVORES
EDIFICARAM NOSSA CASA DE ORAÇÃO

NOVE DE JULHO FOI O DIA EM QUE SURGIA
E
NESTA DATA TEVE A EMANCIPAÇÃO
ERA MAIS UMA CIDADE QUE NASCIA
COMPLEMENTO DE UMA GRANDE NAÇÃO

HOJE COM OS FILHOS DESTA NOVA GERAÇÃO
PELO PROGRESSO EM PERFEITA UNIÃO
TRIBUTAMOS
À CIDADE NOSSA GLÓRIA
COM O SEU NOME E SEUS HERÓIS E SUA HISTÓRIA.

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Após 10 anos, os 27.397 mil moradores da Glória do Goitá já podem abrir as torneiras sem medo da falta de água. Nesta quarta-feira (07/01), o governador Eduardo Campos e o secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, estiveram na cidade da Mata centro pernambucana, localizada a 63 km do Recife, para inaugurar o seu novo sistema produtor de água que para ser construído recebeu um investimento de R$ 4 milhões do Governo do Estado.

A inauguração contou com a presença do prefeito da Glória do Goitá Djalma Souto Maior Paes Junior, da Prefeita da Feira Nova Marilene Chaves, Prefeito de Limoeiro Ricardo Teobaldo, ex-Prefeito da Vitória de Santo Antão José Aglailson e o Dep. Estadual Aglaison Junior

Cerca de 500 pessoas foram à Praça Joaquim Nabuco, no centro do município, para acompanhar a abertura simbólica de um chuveiro pelo governador. Durante seu discurso, Eduardo lembrou que assim como seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, fez com a energia elétrica, pretende universalizar o fornecimento de água no estado. Também mostrou-se muito feliz em poder livrar do racionamento mais de um milhão de pernambucanos em apenas dois anos de Governo:

“O que Glória vive hoje também foi vivido pelo povo de Caruaru, Lajedo, Exu, Bodocó, várias outras cidades e também de diversos bairros da Região Metropolitana do Recife”, disse o governador, que na segunda-feira, 19, assinará a ordem de serviço para a implantação do sistema de abastecimento das cidades de Limoeiro, Agrestina, Altinho e Ibirajuba. “Também já pedi a Compesa para fazer a licitação, nos próximos 90 dias, das obras em Lagoa de Itaenga e Lagoa do Carro, cidades que sofrem muito com essa questão da falta de abastecimento”, afirmou.

O secretário João Bosco afirmou que Glória é mais uma cidade a sair da “lista vermelha” do racionamento: “Encontramos 75% das cidades em sistema de rodízios ou em colapso e mais de quatro milhões de pernambucanos nessa situação. Aqui em Glória do Goitá, o racionamento e o carro-pipa são coisas do passado”, disse.

O estudante Tibério César Mendes, 27, estava animado com a mudança de vida que será sentida pelos glorienses. “A situação só melhorava no inverno, quando o abastecimento durava toda a madrugada. No resto do ano, a água só chegava durante uma hora, das 18h às 19h. Agora, chega constantemente e com uma pressão danada”, vibrou.

O novo sistema produtor de Glória do Goitá tem origem na transposição de água da Barragem de Carpina, por meio de uma adutora de 18 km de extensão. Além dessa unidade, foram construídas uma estação elevatória e uma nova estação de tratamento de água (ETA). Com isso, o novo sistema terá vazão de 22,5 litros/segundo, garantindo o abastecimento regular por um período mínimo de 10 anos.

INAUGURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO D'ÁGUA DO MUNICÍPIO DA GLÓRIA DO GOITÁ.


sábado, 3 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

HOMENAGEM DO TEN.DIEGO JORGE AO SEU PAI, O VEREADOR JOSÉ JORGE.

A SAGA DA VITÓRIA


"Não são poucas as tuas vontades,

acompanhadas de teu pendor

a estar sempre em e vidência, destacado,

defendendo os interesses de teu povo.

Sei que querias abraçar o mundo com as tuas idéias;

palavras te são presentes

quando tu te deparas com a multidão.

Quando vês pessoas nas ruas,

estás a querer convencer-lhes de que tu queres,

antes de qualquer coisa,

poder representa-los.

O sono, muitas vezes, te deixou de lado,

a angústia chegou a dominar teus pensamentos...

o tempo parecia que não ia passar.

O teu sobrado sempre fora o templo das mais variadas sensações;

ele presenciou o quanto batalhaste para ser a voz do povo.

É chegado o grande dia...

teus nervos estavam à flor da pele,

não fizeste outra coisa,

senão agonizar à esperar do bendito resultado.

Tu deverias ter calma,

pois tua história fora construída pelo teu próprio sangue,

a ferro e fogo,

não havendo, assim, qualquer tempestade que o derrubasse.

Aguenta coração!

A hora não passava...não passava.

Os minutos duraram séculos,

Porém tu foste,

aos poucos,

descobrindo o teu triunfo:

tu surges como sendo cada vez mais do teu lugarejo,

tu manténs cada vez mais vivas as tuas raízes,

pois fora Apoti que te entregara ao mundo.

O povo te escolheu!

És, então, porta-voz de necessidades, caminho de soluções;

Tuas palavras devem ter símbolo de força que não se apartaram da justiça.

Esquece qualquer vaidade e lembra-te sempre daqueles que em ti confiaram.

Lembra-te, também, da responsabilidade que és investido no dia de hoje,

pois tuas condutas devem sempre servir de exemplo.

Boa sorte na tua nova investida,

que Deus te ilumine nestes novos passos.

Alegre-te de ti mesmo,

Pois foste digno da vitória.”

Diego Jorge

Apoti, 05 de outubro de 2008.