sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

ENTREVISTA COM O PÁROCO DA GLÓRIA DO GOITÁ, PADRE JOÃO RIBEIRO.


O Goitaense: Onde o Senhor nasceu?

Pe. João Ribeiro: Nasci no sítio parari em João Alfredo/PE.


OG: Os seus pais tiveram quantos filhos?

Pe. João: Eu sou o segundo de oito filhos.


OG: E no seminário, como foi a sua vida?

Pe. João: Sacrificada pela pobreza e a saúde debilitada. Aprendi muitas coisas boas, o seminário foi a escola onde me preparei para o ministério.


OG: O Senhor na época de seminarista estudou no mosteiro de São Bento de Olinda?

Pe. João: Estudei durante seis anos. Foram dois anos de Filosofia e quatro anos de Teologia.


OG: Um momento marcante no seminário?

Pe. João: A revisão de vida, o coordenador apresentava o comportamento de todos os seminaristas.


OG: Quando o Senhor foi ordenado Padre?

Pe. João: No dia 15 de agosto de 1991.


OG: E depois de ordenado sacerdote, quais foram as paróquias que o senhor atuou?

Pe. João: Atuei um ano como diácono e mais ano como Pároco de Limoeiro/PE, 16 anos de sacerdócio na cidade de João Alfredo/PE, e no dia 26 de Março de 2008, Fui nomeado Pároco da Glória do Goitá/PE.


OG: Durante a sua vida sacerdotal, qual foi o melhor acontecimento?

Pe. João: O melhor acontecimento acontece todos os dias quando celebro a santa missa.


OG: E a maior dificuldade?

Pe. João: A minha saúde, e a preocupação de está sempre preparado para responder as indagações dos nossos tempos.


OG: Se não fosse Padre, seria?

Pe. João: Seria Professor.


OG: O que o Senhor espera dos paroquianos da Glória do Goitá?

Pe. João: Eu espero coisas boas porque o povo é bom, generoso e existe uma consciência missionária muito boa com a paróquia.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

AQUI NO NOSSO BLOG VOCÊ PODE BAIXAR NO SEU COMPUTADOR O LIVRO "O CABELEIRA" DE FRANKLIN TÁVORA NA ÍNTEGRA. É SO CLICAR SOBRE O TEXTO ABAIXO.

JOSÉ GOMES "O CABELEIRA", O PRIMEIRO CANGACEIRO FOI DA GLÓRIA DO GOITÁ.

UMA DAS MAIORES PREOCUPAÇÕES DO CAPITÃO-GENERAL JOSÉ CESAR DE MENESES DURANTE SEU PROLONGADO GOVERNO EM PERNAMBUCO DIZIA RESPEITO AO CANGAÇO EXISTENTE NO INTERIOR DA CAPITANIA. O CANGAÇO ASSALTAVA SÍTIOS E FAZENDAS, ASSASINAVA A QUEM REAGISSE AOS ASSALTOS, ATACAVA VIAJANTES DESPREVENIDOS A PERCORRER OS CAMINHOS DAS BOIADAS. ENTRE OS BANDOLEIROS MAIS TEMÍVEIS DAQUELES IDOS, DESTACAVA-SE A FIGURA SINISTRA DO CRIMINOSO JOSÉ GOMES, MUITO POPULARIZADO PELA ALCUNHA DE CABELEIRA E NASCIDO NO DISTRITO DA GLÓRIA DO GOITÁ, PERTENCENTE NA ÉPOCA À FREGUESIA DE SANTO ANTÃO, DAÍ POR QUE UMA DAS TROVAS POPULARES CANTADAS NAS FEIRAS A SEU RESPEITO DIZIA:
LÁ NA MINHA TERRA,
LÁ EM SANTO ANTÃO,
ENCONTREI UM HOMEM
FEITO UM GUARIBÃO,
PUS-LHE O BACAMARTE,
FOI PÁ, PI, NO CHÃO.
A ZONA DE AÇÃO DO CANGAÇO CHEFIADA PELO CABELEIRA ERA MATA DE PERNAMBUCO, DE PREFERÊNCIA PROPRIEDADES RURAIS DE SERINHAÉM, CATUCÁ, IGARAÇU, SANTO ANTÃO, MIRUEIRA, SÃO LOURENÇO, AGUA PRETA, GOIANA, PAUDALHO E LIMOEIRO. PARA ALI SEMPRE ENVIAVA PIQUETES O GOVERNADOR, NA TENTATIVA DE CAPTURAR OS BANDADIDOS QUE NAQUELAS PLAGAS ESPALHAVAM O TERROR. NUMA DESSAS DILIGÊNCIAS POLICIAIS, A BATIDA FORA PROVEITOSA, MAS O CABELEIRA NÃO FIGURAVA ENTRE OS CANGACEIROS CAPTURADOS. JOSÉ CÉSAR DE MENEZES, NÃO SE ACOMODAVA COM AS PRISÕES JÁ EFETUADAS E POR SUA ORDEM NOVAS PIQUETES SAÍRAM DA CAPITAL PARA DAR COMBATE AO BANDITISMO EM GERAL ESTABELECIDO NO INTERIOR DA CAPITANIA. NO DIZER DE PEREIRA DA COSTA A SEU RESPEITO: "FOI TAMBÉM INFATIGÁVEL NA PUNIÇÃO DOS DELINQUENTES E, GRAÇAS ÁS SUAS PROVIDÊNCIAS E ENRGIA, LIVROU A CAPITANIA DE UM GRUPO DE AUDAZES SALTEADORES, CAPITANEADOS PELO CÉLEBRE CABELEIRA, QUE NEM MESMO A CAPITAL RESPEITAVAM, COMETENDO ASSASINATOS E ROUBOS. PARA TODOS SE ARMAREM, COMO SE UMA GRANDE QUADRILHA AMEAÇASSE AS VIDAS E BENS DE TODOS, NADA MAIS ERA PRECISO DO QUE ESPALHAR-SE A NOTÍCIA DE QUE O CABELEIRA SE APROXIMAVA. TODOS SE PUNHAM EM ARMAS, E AQUELES QUE ASSIM NÃO SE PREVENIAM POR TIMORATOS, O RECEBIAM COM SUBMISSOS OBSÉQUIOS E PRESTAVAM-SE APRESSADOS A TODAS AS SUAS EXIGÊNCIAS. “JOSÉ CESAR FEZ MARCHAR CONTRA ESSES MALFEITORES DIFERENTES PARTIDAS MILITARES, COM ORDEM DE OS CONDUZIREM VIVOS À CIDADE, E CONSEGUINDO-SE A SUA PRISÃO, FORAM ELES PROCESSADOS E CONDENADOS PELA JUNTA DA JUSTIÇA A MORREREM ENFORCADOS, SENTENÇA ESTA QUE SE EXECUTOU, SUBINDO OS MALFEITORES AO PATÍBULO E DANDO MOSTRAS DE GRANDES CONTRIÇÃO E ARREPENDIMENTO DE SEUS DELITOS”.
NA ÉPOCA, PELAS FEIRAS DE PERNAMBUCO, CANTAVAM-SE DIVERSAS TROVAS POPULARES EM TORNO DO CABELEIRA, ENTRE AS QUAIS, COMO DAS MAIS EXPRESSIVAS, ESTAS:

FECHA A PORTA, GENTE,
CABELEIRA AÍ VEM!
MATANDO MULHERES,
MENINOS TAMBÉM.

CORRA MINHA GENTE,
CABELEIRA AÍ VEM!
ELE NÃO VEM SÓ,
VEM SEU PAI TAMBÉM.

MINHA MÃE ME DEU
CONTAS PARA REZAR,
MEU PAI DEU-ME FACA
PARA EU MATAR.

MEU PAI ME PEDIU
POR SUA BÊNÇÃO,
QUE EU NÃO FOSSE MOLE,
FOSSE VALENTÃO.

EU MATEI UM,
MEU PAI NÃO GOSTOU;
EU MATEI DOIS,
MEU PAI ME AJUDOU.

MEU ME CHAMOU:
ZÉ GOMES, VÉM CÁ!
COMO TENS PASSADO
NO “CANAVIÁ”?

MORTINHO DE FOME,
SEQUINHO DE SEDE,
ME SUSTENTAVA
EM CANINHAS VERDES.

VÉM CÁ, JOSÉ GOMES,
ANDA ME CONTAR
COMO TE PRENDERAM
NO “CANAVIÁ”.

EU FUI CERCADO
DE CABOS, TENENTES,
CADA UM PÉ DE CANA
ERA UM PÉ DE GENTE.

QUEM TIVER SEUS FILHOS
SAIBA-OS ENSINA
VEJA CABELEIRA
QUEM VAI A ENFORCAR.

ADEUS, Ó CIDADE,
ADEUS SANTO ANTÃO,
ADEUS, MAMÃEZINHA
DO MEU CORAÇÃO.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

CRONOLOGIA DOS PREFEITOS DA GLÓRIA DO GOITÁ

CAPITÃO ANTONIO EUSTACHIO D'ALBUQUERQUE PINTO (1893 - 1895)

ANTONIO LUDGERO PEREIRA FREIRE (1895 - 1902)

TEN. CORONEL ANTONIO SOTERO DE FARIAS (1910 - 1912)

CORONEL MANOEL PESSOA DE LUNA (1912 - 1915)

CAPITÃO JOSÉ ANTONIO DE ALBUQUERQUE (1916 - 1919)

ANTÃO BORGES JUNIOR (1920 - 1924)

CÂNDIDO CARNEIRO DE MORAIS (1925 - 1930)

MANOEL CORREIA DE VASCONCELOS (1931 - 1932)

AURINO CORREIA DE VASCONCELOS (1933 - 1938)

JULIO CARNEIRO DA SILVA (1939 - 1945)

MAJOR MARTINIANO (1946 - 1947)

DR. ALCY SOTERO DE FARIAS (1948 - 1951)

ARMANDO FRANCISCO ALVES (1951 - 1954)

JOÃO CAVALCANTE FERRAZ (1955 - 1958)

Pe. PEDRO SOUZA LEÃO FILHO (1959 - 1962)

DR. MANOEL PESSOA DE LUNA FILHO (1963 - 1965)

DR. RICARDO DE ALBUQUERQUE VIEIRA SANTOS (1965 - 1966)

JOSÉ DA COSTA BORBA [INTERVENTOR] (1967 - 1968)

JOSÉ VICENTE DE PAULA (1969 - 1972)

ARMANDO FRANCISCO ALVES (1973 - 1975)

URBANO DE SOUZA COSTA [Seu PIRITO] (1975 - 1976)

JOSÉ DA COSTA BORBA NETO (1977 - 1982)

DR. JOSÉ CORREIA DE OLIVEIRA (1983 - 1986)

ENILDO JOSÉ DA SILVA (1987 - 1988)

DR. JOSÉ CICILLIANO DE VASCONCELOS JUNIOR (1989 - 1992)

DR. JOÃO BARBOSA DA SILVA (1993 - 1996)

FERNANDA DORNELAS CÂMARA PAES (1997 - 2000)

FERNANDA DORNELAS CÂMARA PAES-REELEITA (2001 - 2004)

DR. ZENILTON MIRANDA VIEIRA (2005-2008)

DJALMA SOUTO MAIOR PAES JUNIOR (2009 - 2012)


DR. ZENILTON MIRANDA VIEIRA  (2013 - 2016)

CRONOLOGIA DOS PADRES DA PARÓQUIA DA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA.




1° Pe. ANTONIO DA SILVA CAVALCANTI-INTERINO 1837

2° Pe. JOAQUIM INÁCIO GONÇALVES DA LUZ 1838

3° Pe. MANOEL FERREIRA DA ROCHA 1867

4° Pe. JOÃO DA COSTA BEZERRA DE CARVALHO 1879

5° Pe. SEVERINO VIEIRA DE MELLO 1918

6° Pe. SEVERINO GUEDES PESSÔA DE VASCONCELOS 1921

7° Pe. ARTUR CARNEIRO BELTRÃO 1924

8° PE. RODOLPHO MARTINS MOREIRA 1937

9° Pe. JOSÉ MARIA DE FRANÇA 1948

10° Pe. OSVALDO GOMES MACHADO 1948

11° Pe. PEDRO DE SOUZA LEÃO FILHO 1949

12° Pe. JOSÉ LINS DE MOURA 1959

13º Pe. JAIME BRITO PESSOA 1961

14° Pe. MANOEL BARBOSA DA SILVA BAHER 1967

15° Pe. ANTONIO BARBOSA JÚNIOR 1973

16° Pe. MANOEL BARBOSA DA SILVA BAHER 1977

17° Pe. ADOLFO LIPIEC 1979

18° Pe. CÔNEGO SEVERINO CAETANO DA SILVA 1985

19º Pe. JACY BATISTA DE SOUZA-ADM. PAROQUIAL 1988

20° Pe. MANOEL MESSIAS LAURINDO DOS SANTOS 1989

21° Pe. MANUEL BEZERRA DO NASCIMENTO 1994

22° Pe. JOSÉ MARIANO DA SILVA 1996

23° Pe. SEVERINO FERNANDES DE MOURA 2003

24° Pe. JOÃO RIBEIRO DA SILVA 2008


25° Pe. SERGIO RAMOS 2012

PRINCIPAIS ENGENHOS DA GLÓRIA DO GOITÁ NO COMEÇO DO SÉCULO XIX



ENGENHO ANTAS, ENGENHO BOA ESPERANÇA, ENGENHO BOM JESUS, ENGENHO BOA FÉ, ENGENHO BRASIL, ENGENHO CANAVIEIRA, ENGENHO GOITÁ, ENGENHO GOITASINHO, ENGENHO LAGOINHA, ENGENHO PALHÊTA, ENGENHO PALMEIRA, ENGENHO RIBEIRÃO, ENGENHO SERRINHA, ENGENHO SOUTO MAIOR, ENGENHO TABOQUINHA, ENGENHO THOMÉ, ENGENHO UNIÃO, ENGENHO VIRAÇÃO E ENGENHO VERMELHO.

sábado, 13 de dezembro de 2008

MADAME SATÃ, UM DOS MAIORES MALANDROS DO RIO DE JANEIRO, NASCEU NA GLÓRIA DO GOITÁ

João Francisco dos Santos (Glória do Goitá, 1900Rio de Janeiro, 1976) mais conhecido como Madame Satã, foi um transformista brasileiro, personagem emblemático da vida noturna e marginal do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX.

Criado numa família de 17 irmãos, João Francisco chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Jovem, foi para Recife, onde viveu de bicos. Posteriormente, mudou-se para o Rio, indo morar no bairro da Lapa. Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas. Mas há quem diga que foi cozinheiro de mão-cheia. Foram fatores de sua marginalização o fato de ser negro, pobre e homossexual.

Dotado de uma índole irônica e extrovertida, Santos logo pegou gosto pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco-de-rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B. DeMille.

Era freqüentador assíduo do bairro da Lapa, (reduto carioca da malandragem e boemia na década de 1930), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas. Cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou de agressão.

Foi preso várias vezes, chegando a ficar confinado ao presídio da Ilha Grande. Freqüentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade. Exímio capoeirista, lutou por diversas vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros.

É considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX.

Faleceu logo após a sua última saída da prisão.

No ano de 2002, foi rodado no Brasil um filme sobre sua vida, que leva o também o nome de Madame Satã, que recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Nesse filme, João Francisco dos Santos foi interpretado pelo ator Lázaro Ramos.


PERIÓDICO IMPARCIAL " O GOITAENSE" 1° JORNAL DA GLÓRIA DO GOITÁ DE 8 DE FEVEREIRO 1879

CLICK SOBRE A IMAGEM E LEIA
A PRIMEIRA PÁGINA" GLÓRIA DO GOITÁ, 08 FEVEREIRO DE 1879."
O PERIÓDICO NA ÍNTEGRA. FORAM APENAS QUATRO PÁGINAS.
TERCEIRA PÁGINA. UMA POESIA DO GLORIENSE PELINO GUEDES
ANÚNCIOS.


O GOITAENSE




Pioneirismo

O primeiro povoamento nas terras do goitá, aconteceu no século XVI, no ano de 1570, Sendo a primeira sesmaria do Agreste Pernambucano. Naquele momento chegava às terras da Ribeira do goitá, o pioneiro na fundação de propriedade rural no agreste, o português Gaspar Pires, recebeu da Dona Brites de Albuquerque, na época a administrava da capitania de Pernambuco no lugar do se filho Duarte Coelho de Alburqueque, que estava em Portugal. A doação de terras, com a condição, de construir no local, um engenho, que foi erguido e ganhou o nome de Goitá, 47 anos após. O Governador Matias de Albuquerque assina carta de sesmaria, doando 3 mil braças de terra na Ribeira do Goitá, ao colono Pedro Barroso, que ali fixou moradia e desde de 1617, onde passara a criar gado e cuidar de lavoura, juntamente com seus familiares e escravos. Barbalho, 1981:167.

No dia 4 de novembro de 1623, o tabelião público da vila de Olinda Domingos de Alvarenga, registra o auto de posse do sesmeiro Pedro Barroso das terras que lhe foram doadas na Ribeira do Goitá, alegando na ocasião, haver povoado aquela região, onde “tem casas de telha e outras de palha... roças... e pacovais, e ananazal, e árvores de espinhos”. O registro vem assinado pelo tabelião, por Pedro Barroso e por três testemunhas, Diogo Martins Couto, João Jorge e Frei Anselmo, da O.S.B. As terras, contudo, pertenciam aos herdeiros de Gaspar Pires, que esqueceu de registrá-las, gerando um impasse entre Pedro Barroso e os herdeiros de Gaspar Pires. Barbalho, 1981:169.

Em 10 de Novembro de 1656, Pedro Barroso, decrépito e enfermo, assina seu testamento, deixando como herdeiro Francisco Falcão de Magalhães e Frei Bento dos reis. Na Época, toda a região do Goitá, fazia parte do curato de nossa senhora da Luz, cujo padre-cura era o reverendo João Carvalho da Silva. No dia 1 de março de 1657, o mosteiro de são bento, de Olinda, compra, dos herdeiros de Pedro Barroso, pelo valor de 240$000(duzentos e vinte mil réis), 3 braças de terra, contendo, em seu território, algumas casas, uma olaria com o seu forno e pastos para gado. A referida propriedade situava-se nas vizinhanças do Engenho Goitá, fundado no século XVI por Gaspar Pires, Hoje se situa no Município de Chã de Alegria. Barbalho, 1981:156.

No dia 4 de maio de 1676, D. Pedro de Almeida, governador de Pernambuco, assina carta patente nomeando o português Antonio Borges Carvalho de Vasconcelos para ser o capitão-comandante do recém-criado distrito de Glória do Goitá e Peri-peri, cuja jurisdição pertencia a paróquia de nossa senhora da Luz. Pereira, anais, VIII, 87. Somente em 1760, contudo, É que Davi Pereira do Rosário, morador do distrito de Glória do Goitá, fundaria uma capela dedicada a nossa senhora da glória, esse acontecimento foi um motivo de aproximação dos Moradores daquela localidade, formando assim um núcleo de população e de casas arruadas. Que no dia 6 de maio de 1837, se tornou freguesia sendo desmembrado do território de nossa senhora da Luz, pela lei provincial n.38, chegando a cidade no dia 15 de novembro do mesmo ano o primeiro Pe. Joaquim Ignácio Gonçalves da Luz, por lei provincial em 9 de junho de 1877 foi elevada a categoria de vila, a lei provincial n. 1805 de 23 de junho de 1885, deu-lhe o foro de comarca, separando-a de Paudalho, mas apenas na república, foi instalada em 7 de janeiro de 1892, pelo seu juiz de direito Dr. João Augusto de Albuquerque Maranhão. De acordo com a lei n 52 de 3 de agosto de 1892, que autorisou a organização autônoma dos municípios, constitui-se em 25 de janeiro de 1893, sendo o 1° governo, prefeito, capitão Antonio Eustachio de Albuquerque Pinto, sub-prefeito, tenente Joaquim Antonio de Lemos Vasconcelos, e os membros do conselho municipal, capitão Joaquim Alves Barbosa, tenente Luiz de França Andrade lima, alferes Antonio Borges Alves, tenente João de Lemos Vasconcelos, Antonio Francisco de Andrade Cavalcante, Antonio Vicente Pereira de Carvalho, Antonio de Moura de Carvalho e Joaquim José de Arruda.