terça-feira, 15 de setembro de 2009



Projeto realizado

O crédito como um meio para possibilitar a realização de projetos. Com este lema, a Acreditar ajudou a artesã Marilândia de Santana Luna, de 23 anos, e a sócia dela, Jeruza de Souza Silva, de 24 anos, a montarem um ateliê de pintura artesanal em camisas. Elas tinham o talento e a idéia, mas não sabiam como começar. O primeiro e único empréstimo foi de R$ 300 - feito com a ONG, em 2004.
"A gente tinha medo de não conseguir pagar. Os meninos ajudaram a diminuir o orçamento e a solicitar apenas o necessário. Compramos camisas, pincéis e tintas. Vendemos 19 camisas no primeiro mês e conseguimos pagar a primeira parcela. A gente foi reinvestindo e não pegamos mais nada", lembra Marilândia. As garotas vendem hoje entre 80 e 150 camisas por mês e conseguem um lucro de cerca de um mínimo para cada uma com a produção. A mudança foi maior porque através do Programa Universidade para Todos, conseguiram cursar a faculdade. Marilândia termina administração este ano e planeja fazer artes plásticas no futuro. Jeruza terminou Letras. Após uma palestra do Sebrae, agora também pensam em formalizar a empresa na modalidade empreendedor individual. "Ainda não está disponível para Pernambuco, mas ficamos interessadas", diz Marilândia. Manassés Braz também tem 23 anos e cursa administração. Com a experiência de quem visita diariamente os atuais e possível "clientes" da Acreditar, analisa o cenário à sua volta: "Antes era grande o número de jovens que deixavam o município. Poucos iam para a faculdade. Os pais queriam que a gente aprendesse a ler. Se fosse mulher, ia fazer o magistério, ou ia ser babá. A gente tem hoje um novo olhar". A ex-agricultora Maria Luiza da Silva, de 45 anos, também é um espelho dessa realidade diferente do estereótipo do nordestino faminto e acanhado. Depois de sair da roça, onde era empregada numa terra que não era sua, Maria Luiza vendeu roupa na feira de Glória do Goitá durante três anos. "Saía de casa às 3h da manhã, muitas vezes com a trouxa de roupa na cabeça, para ir para a feira", conta ela. Com muito esforço, alugou o espaço para a primeira lojinha. Agora está num lugar maior e junto com uma amiga pegou o segundo empréstimo com a Acreditar, para fazer estoque. A amiga trabalha com depilação e as duas fizeram algo comum no microcrédito: o aval solidário. "Oitenta por cento dos empréstimos são feitos para grupos de duas a cinco pessoas. A inadimplência é de menos de 2% e não existe perda", informa Manassés.

3 comentários:

  1. Olá, sou de Brasília - DF e estou muito interessada em adquirir as camisetas produzidas por Marilândia e Jerusa. Gostaria de saber se tem alguma forma de entrar em contato com elas, de preferência via e-mail. Não sou representante de nenhuma loja. As camisetas são para meu uso pessoal e de minha família, que também ficou adimirada com o trabalho delas. Espero contato. Keila. e-mail: keilagreco@yahoo.com.br

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  2. Meu e-mail aparecida.santos58@hotmail.com Paulo Wilson entra em contato comigo onde você esta?

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  3. Meu e-mail aparecida.santos58@hotmail.com Paulo Wilson entra em contato comigo onde você esta?

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