PERIÓDICO IMPARCIAL " O GOITAENSE" 1° JORNAL DA GLÓRIA DO GOITÁ DE 8 DE FEVEREIRO 1879
CLICK SOBRE A IMAGEM E LEIA A PRIMEIRA PÁGINA" GLÓRIA DO GOITÁ, 08 FEVEREIRO DE 1879." O PERIÓDICO NA ÍNTEGRA. FORAM APENAS QUATRO PÁGINAS. TERCEIRA PÁGINA. UMA POESIA DO GLORIENSE PELINO GUEDES ANÚNCIOS.
O primeiro povoamento nas terras do goitá, aconteceu no século XVI, no ano de 1570, Sendo a primeira sesmaria do Agreste Pernambucano. Naquele momento chegava às terras da Ribeira do goitá, o pioneiro na fundação de propriedade rural no agreste, o português Gaspar Pires, recebeu da Dona Brites de Albuquerque, na época a administrava da capitania de Pernambuco no lugar do se filho Duarte Coelho de Alburqueque, que estava em Portugal. A doação de terras, com a condição, de construir no local, um engenho, que foi erguido e ganhou o nome de Goitá, 47 anos após. O Governador Matias de Albuquerque assina carta de sesmaria, doando 3 mil braças de terra na Ribeira do Goitá, ao colono Pedro Barroso, que ali fixou moradia e desde de 1617, onde passara a criar gado e cuidar de lavoura, juntamente com seus familiares e escravos. Barbalho, 1981:167.
No dia 4 de novembro de 1623, o tabelião público da vila de Olinda Domingos de Alvarenga, registra o auto de posse do sesmeiro Pedro Barroso das terras que lhe foram doadas na Ribeira do Goitá, alegando na ocasião, haver povoado aquela região, onde “tem casas de telha e outras de palha... roças... e pacovais, e ananazal, e árvores de espinhos”. O registro vem assinado pelo tabelião, por Pedro Barroso e por três testemunhas, Diogo Martins Couto, João Jorge e Frei Anselmo, da O.S.B. As terras, contudo, pertenciam aos herdeiros de Gaspar Pires, que esqueceu de registrá-las, gerando um impasse entre Pedro Barroso e os herdeiros de Gaspar Pires. Barbalho, 1981:169.
Em 10 de Novembro de 1656, Pedro Barroso, decrépito e enfermo, assina seu testamento, deixando como herdeiro Francisco Falcão de Magalhães e Frei Bento dos reis. Na Época, toda a região do Goitá, fazia parte do curato de nossa senhora da Luz, cujo padre-cura era o reverendo João Carvalho da Silva. No dia 1 de março de 1657, o mosteiro de são bento, de Olinda, compra, dos herdeiros de Pedro Barroso, pelo valor de 240$000(duzentos e vinte mil réis), 3 braças de terra, contendo, em seu território, algumas casas, uma olaria com o seu forno e pastos para gado. A referida propriedade situava-se nas vizinhanças do Engenho Goitá, fundado no século XVI por Gaspar Pires, Hoje se situa no Município de Chã de Alegria. Barbalho, 1981:156.
No dia 4 de maio de 1676, D. Pedro de Almeida, governador de Pernambuco, assina carta patente nomeando o português Antonio Borges Carvalho de Vasconcelos para ser o capitão-comandante do recém-criado distrito de Glória do Goitá e Peri-peri, cuja jurisdição pertencia a paróquia de nossa senhora da Luz. Pereira, anais, VIII, 87. Somente em 1760, contudo, É que Davi Pereira do Rosário, morador do distrito de Glória do Goitá, fundaria uma capela dedicada a nossa senhora da glória, esse acontecimento foi um motivo de aproximação dos Moradores daquela localidade, formando assim um núcleo de população e de casas arruadas. Que no dia 6 de maio de 1837, se tornou freguesia sendo desmembrado do território de nossa senhora da Luz, pela lei provincial n.38, chegando a cidade no dia 15 de novembro do mesmo ano o primeiro Pe. Joaquim Ignácio Gonçalves da Luz, por lei provincial em 9 de junho de 1877 foi elevada a categoria de vila, a lei provincial n. 1805 de 23 de junho de 1885, deu-lhe o foro de comarca, separando-a de Paudalho, mas apenas na república, foi instalada em 7 de janeiro de 1892, pelo seu juiz de direito Dr. João Augusto de Albuquerque Maranhão. De acordo com a lei n 52 de 3 de agosto de 1892, que autorisou a organização autônoma dos municípios, constitui-se em 25 de janeiro de 1893, sendo o 1° governo, prefeito, capitão Antonio Eustachio de Albuquerque Pinto, sub-prefeito, tenente Joaquim Antonio de Lemos Vasconcelos, e os membros do conselho municipal, capitão Joaquim Alves Barbosa, tenente Luiz de França Andrade lima, alferes Antonio Borges Alves, tenente João de Lemos Vasconcelos, Antonio Francisco de Andrade Cavalcante, Antonio Vicente Pereira de Carvalho, Antonio de Moura de Carvalho e Joaquim José de Arruda.
Uma frente avançada das ciências, hoje, é constituída pelo estudo do cérebro e de suas múltiplas inteligências. Alcançaram-se resultados relevantes, também para a religião e a espiritualidade. Enfatizam-se três tipos de inteligência. A primeira é a inteligência intelectual, o famoso QI (Quociente de Inteligência), ao qual se deu tanta importância em todo o século XX. É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Com ela organizamos o mundo e solucionamos problemas objetivos.
A segunda é a inteligência emocional, popularizada especialmente pelo psicólogo e neurocientista de Harvard David Goleman, com seu conhecido livro A Inteligência emocional (QE = Quociente Emocional). Empiricamente mostrou o que era convicção de toda uma tradição de pensadores, desde Platão, passando por Santo Agostinho e culminando em Freud: a estrutura de base do ser humano não é razão (logos) mas é emoção (pathos). Somos, primariamente, seres de paixão, empatia e compaixão, e só em seguida, de razão. Quando combinamos QI com QE conseguimos nos mobilizar a nós e a outros.
A terceira é a inteligência espiritual. A prova empírica de sua existência deriva de pesquisas muito recentes, dos últimos 10 anos, feitas por neurólogos, neuropsicólogos, neurolingüistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos magnéticos e elétricos do cérebro). Segundo esses cientistas, existe em nós, cientificamente verificável, um outro tipo de inteligência, pela qual não só captamos fatos, idéias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossa vida, totalidades significativas, e nos faz sentir inseridos no Todo. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. É chamada de inteligência espiritual (QEs = Quociente espiritual), porque é próprio da espiritualidade captar totalidades e se orientar por visões transcendentais.
Sua base empírica reside na biologia dos neurônios. Verificou-se cientificamente que a experiência unificadora se origina de oscilações neurais a 40 herz, especialmente localizada nos lobos temporais. Desencadeia-se, então, uma experiência de exaltação e de intensa alegria como se estivéssemos diante de uma Presença viva.
Ou inversamente, sempre que se abordam temas religiosos, Deus ou valores que concernem o sentido profundo das coisas, não superficialmente mas num envolvimento sincero, produz-se igual excitação de 40 herz.
Por essa razão, neurobiólogos como Persinger, Ramachandran e a física quântica Danah Zohar batizaram essa região dos lobos temporais de \'\'o ponto Deus\'\'.
Se assim é, podemos dizer em termos do processo evolucionário: o universo evoluiu, em bilhões de anos, até produzir no cérebro o instrumento que capacita o ser humano perceber a Presença de Deus, que sempre esteve lá embora não perceptível conscientemente. A existência desse \'\'ponto Deus\'\' representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie humana. Ela constitui uma referência de sentido para a nossa vida. A espiritualidade pertence ao humano e não é monopólio das religiões. Antes, as religiões são uma das expressões desse \'\'ponto Deus\'\'. Leonardo Boff
pensador.info
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1°EDIÇÃO DO O GOITAENSE, 8 DE FEVEREIRO DE 1879.
PRODUZIDO NA TIPOGRAFIA DE ANTÃO BORGES NA GLÓRIA DO GOITÁ. COMO ELE ESCREVEU NA PRIMEIRA PÁGINA, UM PROTESTO CONTRA O ANALFABETISMO. NOS CHAMA ATENÇÃO, QUE 130 ANOS PASSADOS O TRABALHO DO JORNALISTA É POUCO LEMBRADO. MAS O ANALFABETISMO, ESSE ESPECTRO QUE CONTINUA ASSOMBRANDO A SUA CIDADE E O SEU PAÍS. UMA ÂNCORA QUE NÃO DEIXA AS IDÉIAS NAVEGAREM PELO MAR DO CONHECIMENTO.
Pioneirismo
ResponderExcluirO primeiro povoamento nas terras do goitá, aconteceu no século XVI, no ano de 1570, Sendo a primeira sesmaria do Agreste Pernambucano. Naquele momento chegava às terras da Ribeira do goitá, o pioneiro na fundação de propriedade rural no agreste, o português Gaspar Pires, recebeu da Dona Brites de Albuquerque, na época a administrava da capitania de Pernambuco no lugar do se filho Duarte Coelho de Alburqueque, que estava em Portugal. A doação de terras, com a condição, de construir no local, um engenho, que foi erguido e ganhou o nome de Goitá, 47 anos após. O Governador Matias de Albuquerque assina carta de sesmaria, doando 3 mil braças de terra na Ribeira do Goitá, ao colono Pedro Barroso, que ali fixou moradia e desde de 1617, onde passara a criar gado e cuidar de lavoura, juntamente com seus familiares e escravos. Barbalho, 1981:167.
No dia 4 de novembro de 1623, o tabelião público da vila de Olinda Domingos de Alvarenga, registra o auto de posse do sesmeiro Pedro Barroso das terras que lhe foram doadas na Ribeira do Goitá, alegando na ocasião, haver povoado aquela região, onde “tem casas de telha e outras de palha... roças... e pacovais, e ananazal, e árvores de espinhos”. O registro vem assinado pelo tabelião, por Pedro Barroso e por três testemunhas, Diogo Martins Couto, João Jorge e Frei Anselmo, da O.S.B. As terras, contudo, pertenciam aos herdeiros de Gaspar Pires, que esqueceu de registrá-las, gerando um impasse entre Pedro Barroso e os herdeiros de Gaspar Pires. Barbalho, 1981:169.
Em 10 de Novembro de 1656, Pedro Barroso, decrépito e enfermo, assina seu testamento, deixando como herdeiro Francisco Falcão de Magalhães e Frei Bento dos reis. Na Época, toda a região do Goitá, fazia parte do curato de nossa senhora da Luz, cujo padre-cura era o reverendo João Carvalho da Silva. No dia 1 de março de 1657, o mosteiro de são bento, de Olinda, compra, dos herdeiros de Pedro Barroso, pelo valor de 240$000(duzentos e vinte mil réis), 3 braças de terra, contendo, em seu território, algumas casas, uma olaria com o seu forno e pastos para gado. A referida propriedade situava-se nas vizinhanças do Engenho Goitá, fundado no século XVI por Gaspar Pires, Hoje se situa no Município de Chã de Alegria. Barbalho, 1981:156.
No dia 4 de maio de 1676, D. Pedro de Almeida, governador de Pernambuco, assina carta patente nomeando o português Antonio Borges Carvalho de Vasconcelos para ser o capitão-comandante do recém-criado distrito de Glória do Goitá e Peri-peri, cuja jurisdição pertencia a paróquia de nossa senhora da Luz. Pereira, anais, VIII, 87. Somente em 1760, contudo, É que Davi Pereira do Rosário, morador do distrito de Glória do Goitá, fundaria uma capela dedicada a nossa senhora da glória, esse acontecimento foi um motivo de aproximação dos Moradores daquela localidade, formando assim um núcleo de população e de casas arruadas. Que no dia 6 de maio de 1837, se tornou freguesia sendo desmembrado do território de nossa senhora da Luz, pela lei provincial n.38, chegando a cidade no dia 15 de novembro do mesmo ano o primeiro Pe. Joaquim Ignácio Gonçalves da Luz, por lei provincial em 9 de junho de 1877 foi elevada a categoria de vila, a lei provincial n. 1805 de 23 de junho de 1885, deu-lhe o foro de comarca, separando-a de Paudalho, mas apenas na república, foi instalada em 7 de janeiro de 1892, pelo seu juiz de direito Dr. João Augusto de Albuquerque Maranhão. De acordo com a lei n 52 de 3 de agosto de 1892, que autorisou a organização autônoma dos municípios, constitui-se em 25 de janeiro de 1893, sendo o 1° governo, prefeito, capitão Antonio Eustachio de Albuquerque Pinto, sub-prefeito, tenente Joaquim Antonio de Lemos Vasconcelos, e os membros do conselho municipal, capitão Joaquim Alves Barbosa, tenente Luiz de França Andrade lima, alferes Antonio Borges Alves, tenente João de Lemos Vasconcelos, Antonio Francisco de Andrade Cavalcante, Antonio Vicente Pereira de Carvalho, Antonio de Moura de Carvalho e Joaquim José de Arruda.